O
texto de Manuel Castells "A sociedade em rede" tem como enfoque,
abordar sobre fatores históricos da sociedade mundial em diferentes áreas.
Os pontos abordados no texto trazem reflexões
de fatores que contribuem para a transformação e o desenvolvimento das formas
de pensar, produzir e utilizar tecnologias da informação.
Segundo
Manuel Castells esses fatores refletem diretamente na economia, na política e
geopolítica, assim como, na ideologia do sistema capitalista e nas relações
entre estado e sociedade.
“A sociedade em rede” mostra a importância da
concepção do capitalismo que se inspirou na necessidade de globalizar a partir
das redes de informação, alcançando assim, dois lados da mesma moeda.
Por
um lado, tal revolução informacional contribuiu para uma interação mundial em
tempo real, por outro, modificou o sujeito, aumentando a individualidade e
propagando com mais intensidade as tendências capitalistas, que acentuaram,
ainda mais, a desigualdade e a busca de identidade, que muitas vezes gera
relutância em assimilar as particularidades do outro.
Manuel Castells traz ainda, o resultado que a rede provocou na história
do homem e como ela continua a se modificar para enquadrar-se na vida, de forma
tão imensurável, que até mesmo as organizações criminosas encontraram na rede
um meio de interação, expansão e integração mundial, além de ofertas e trocas
ilícitas, principalmente, pela linguagem digital fácil, rápida e universal de
tal meio.
Em decorrência de toda esta desestruturação e
reorganização social causada, sobretudo, pela insegurança das mudanças, o homem
voltou-se pela busca quase persistente por uma identidade, por uma cultura que
a cada dia, torna os indivíduos mais “particulares” buscando ter significado, o
que gerou a valorização, principalmente, das primeiras identidades da sociedade,
como as religiosas, nacionais, étnicas e territoriais.
Castells finaliza dizendo, que a identidade dar-se-á, principalmente, por uma
construção cultural enraizada ou selecionada dentre tantas outras, que
especificam o indivíduo ou grupo social, sem ter a necessidade de exclusão
destes sujeitos pelas suas particularidades.
Seguindo
paralelamente a essa concepção, a rede segue universalizando indivíduos, grupos
sociais, integrando o mundo de modo instrumental e influenciando o modo de
viver do ser humano.
O
Manuel Castells acredita que é possível transitar entre a identidade, seja ela
individual ou não, e a vasta área de dados informacionais que nos é disponível,
sem gerar conflitos, fazendo uso da tecnologia como um mecanismo de
investigação e instrumento e não de busca de verdades absolutas.
REFERÊNCIAS
A
sociedade em rede/ Manuel Castells; tradução: Roneide
Venâncio Majer; atualização para 6ª edição: Jussara Simões – ( A era da
informação: economia,sociedade e cultura; v.1) São Paulo: Paz e Terra,1999.
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